Filho natural do magistrado José Maria de Almeida Teixeira de Queirós e
de Carolina Augusta Pereira de Eça, foi registrado como filho de mãe
desconhecida e viveu até os dez anos na casa dos avós paternos, apesar
de os pais terem se caso após seu nascimento.
Estudou no Colégio da Lapa, na cidade do Porto até o seu ingresso na
Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1861. Tratava-se de
um momento em que a Universidade fervilhava e seus vários de seus
colegas de curso também alcançaram destaque na inteligência portuguesa
da época, como Teófilo Braga e Antero de Quental. Nessa época publicará
seus primeiros textos, num total de dez artigos que serão reunidos em
"Prosas Bárbaras".
Iniciou a carreira de advogado em Évora, em 1867, mas logo seguiu para
Lisboa, onde colaborou na redação de "A Gazeta de Portugal" e integrou
os debates literários que se intitularam "Cenáculo". Em 1871, participou
das Conferências Democráticas do Cassino Lisbonense, com uma palestra
intitulada "A Nova Literatura ou o Realismo como expressão de Arte".
Ingressando na carreira diplomática em 1870, serviu em Havana, Bristol
(Inglaterra) e finalmente em Paris, onde se casou e pôde se dedicar com
maior empenho à literatura. Datam da década de 70 as obras que iriam
consagrá-lo, como "O Crime do Padre Amaro" (1875) e "O Primo Basílio"
(1878), mas grandes obras foram escritas também nas décadas seguintes,
como "A Relíquia" (1887), "Os Maias" (1888) e "A Ilustre Casa de
Ramires"; 1900.
Além disso, postumamente, vieram a público outras obras, entre as quais
"A Cidade e as Serras" (1901), "Alves & Cia. (1925) e "A Tragédia
da Rua das Flores" que, a pedido do autor, só foi publicado 80 anos após
a sua morte.
Thalita Moraes
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